segunda-feira, 9 de maio de 2011

Depressão Clínica e Transtorno do Pânico!

Quando a depressão clínica ou a síndrome do pânico estão presentes, num paciente, simultaneamente, deve-se ter o cuidado especial de assegurar que as condições sejam diagnosticadas e tratadas separadamente. 
Todos nós passamos por momentos em que nos sentimos em baixo. A vida pode nos pregar partidas ou, talvez, as hormonas podem não funcionar como previsto. Para a maioria das pessoas, isto não representa problema de maior, passam por cima e seguem em frente com a vida. Mas se os sintomas duram mais tempo, durante mais que uma quinzena, poderá ser uma indicação que a pessoa está a sofrer de depressão clínica ou de depressão grave.
A depressão clínica está a aumentar em todo o mundo, as pesquisas actuais indicam que, uma em cada dez mulheres e um em cada 35 homens são afectados pela doença. Na América o custo em despesas médicas e dias de trabalho perdidos é de $ 70 bilhões por ano, na Grã-Bretanha, estima-se ser de £ 12 bilhões por ano. De acordo com estatísticas recentes divulgadas pela Organização Mundial de Saúde, esta é a segunda doença mais incapacitante, em 2010 (a doença cardiovascular era a primeira, doença mais incapacitante).
O efeito da depressão clínica é importante. No entanto, apesar do seu enorme impacto, apenas 30% das pessoas que sofrem desta condição procuram tratamento e cuidados adequados.
O que é depressão clínica?
A depressão clínica é um transtorno mental que invade todo o ‘ser’ do paciente. O paciente não sente alegria em nada, nem mesmo em algo que dantes lhe trazia alegria ou prazer. O American Psychiatry Associations Diagnostic and Statistics Manual (DSM) norte-americano afirma que cinco dos seguintes sintomas devem estar presentes durante mais de duas semanas para se poder fazer um diagnóstico de depressão clínica:
• Um humor triste ou deprimido, expresso por dores físicas ou choro e irritabilidade
• A perda de interesse em actividades de que dantes gostava e o isolamento ao contacto social.
• Perda ou ganho de peso.
 • Dormir demais ou dormir muito pouco.
• Actividade motora inadequada – pode ser muito agitada ou lenta demais.
• Fadiga.
• Falta de auto-estima
• Dificuldade de concentração.
• Pensamentos de morte – ameaça ou tentativa de suicídio.
 Num grande número de casos de depressão, a síndrome do pânico também está presente. Acontece com muita frequência que uma doença é diagnosticada e tratada, enquanto a segunda é ignorada. Quando isto acontece, o tratamento da primeira condição é muitas vezes ineficaz. Às vezes, a depressão pode causar a síndrome do pânico, ou vice-versa. O que se acredita ser mais provável é que a síndrome do pânico cause a depressão.
Quando a depressão clínica existe em conjunto com a síndrome do pânico, o processo de tratamento geralmente leva mais tempo, porque a condição é mais complicada.
Apenas uma pequena percentagem de pessoas que sofre da síndrome do pânico e depressão procuram tratamento, o que é um pouco surpreendente, visto que existe tratamento para ambas as condições. Existem duas opções principais – medicamentos e terapias psicológicas. Enquanto alguns estudos indicam que uma combinação dos dois é o melhor caminho a seguir, outros estudos mostraram que aqueles que seguem uma terapia psicológica não beneficiam em nada com a inclusão de drogas.
Consulte um psiquiatra e procure um psicólogo para ser orientado corretamente!