terça-feira, 20 de novembro de 2012
Dança de Salão X Aprendizagem
Aprender
é algo que o cérebro faz a vida toda, conforme nossas experiências que deixam
suas marcas em nossos neurônios e suas conexões. O que funciona, e é usado,
fica; o que não serve vai sendo descartado, cedendo lugar para outras
informações. Se você estiver precisando se convencer de que continua capaz de aprender,
e ainda quiser se divertir, suar a camisa e fazer amigos uma sugestão: experimente
fazer aulas de... dança de salão!
Lições
de dança são um ótimo exemplo de como o aprendizado, de modo geral, acontece, e
dos fatores que o influenciam. Para começar: nada de aprender uma coreografia
complexa de uma vez só. Os professores sabem há tempos que o cérebro assimila
novos programas motores aos poucos, então ensinam os passos em etapas. O córtex
motor elabora a nova sequência de movimentos, até então nunca usada, ordena sua
execução e começa a ajustá-la, de acordo com erros e acertos, com a ajuda dos
núcleos da base. Cada movimento fica mais fluido conforme o cerebelo, através
de tentativa e erro, vai ajustando os movimentos adequados, antes mesmo que
eles sejam executados.
Mas,
para a dança de salão, não basta aprender os passos; é preciso aprender os
sinais associados a cada um, os pequenos gestos com que o cavalheiro conduz sua
dama, indicando-lhe, sem falar, qual será o passo seguinte. Tudo isso requer
repetição, mas prestar atenção é fundamental. Por definição, já que nossa atenção
é limitada a uma coisa de cada vez, tem sempre mais eventos ocorrendo do que
nosso cérebro consegue dar conta – e a atenção é o filtro que serve como porta
de entrada para a memória. Sem prestar atenção no professor ou no parceiro,
nada feito. O que é ótimo: como é preciso concentrar esforços sobre as próprias
pernas, os problemas do mundo ficam... lá fora.
Depois
de aprender os sinais e polir cada sequência de movimentos, é hora de
coordená-las em um programa motor completo, que cuida da execução fluida de
combinações de passos diferenciados – no ritmo da música, de preferência, se
seu cerebelo ajudar. E haja cerebelo para manter o prumo com tantos rodopios!
Motivação também é fundamental. Afinal, para ter a prática que leva à
perfeição, ou pelo menos ao bom desempenho, é preciso ter vontade: é preciso
querer estar ali. Experimentar um pouco de tudo nos dá oportunidade para
descobrir do que gostamos, mas poder escolher investir no que se realmente
gosta é fundamental.
Com
a prática, chega-se ao ponto tão desejado onde a execução dos programas motores
aprendidos se torna automática, liberando o córtex cerebral para outros
assuntos, como conversar com o parceiro ou até cantarolar a música. É aqui que
dançar deixa de ser esforço e vir a prazer puro: sequências de movimentos
executados sem precisar de supervisão cortical, simplesmente em resposta aos
movimentos do outro. Seu cérebro aprendeu a dançar!
Dança
de salão é tudo de bom. Academias são lugares alegres, cheios de jovens e
idosos, todos dispostos a aprender coisas novas – e ainda oferecem um exercício
completo para corpo e cérebro. Dançando, é possível suar, dar um fim a toda
tensão muscular acumulada durante o dia, e manter saudável a resposta do
cérebro ao estresse. Dançar ainda treina a memória, com o aprendizado de passos
e nomes novos; exercita suas habilidades sociais, necessárias para interagir de
modo cortês com pessoas desconhecidas e fazer novos amigos, e ativa o sistema
de recompensa, o que garante boas horas de prazer e diversão.
Fonte:
Mente e Cérebro
Como lidar com colegas arrogantes?
A
arrogância vem do orgulho exacerbado, que é observada por meio da altivez no
trato com as pessoas. Normalmente o olhar e o tom de voz denunciam a
arrogância. Já o prepotente é aquele que se utiliza do poder para se sobressair
ou para fazer valer a sua vontade.
Mas
tanto a arrogância quanto a prepotência podem ter a mesma origem: baixa estima.
A autoestima é formada pela autoconsciência (conhecimento de si mesmo),
autoconfiança, autorrespeito e amor próprio.
Todos
nós temos uma imagem real (o que realmente somos) e uma imagem idealizada (o
que gostaríamos de ser). A pessoa orgulhosa demais acaba se apegando na imagem
que ela "gostaria de ser" e não na que "realmente é".
Talvez porque o que ela realmente é seja algo ruim para ela. Algumas
experiências passadas podem ter deixado marcas negativas em sua autoestima, de
modo que ela duvida de si mesma, de seu potencial, de sua inteligência e de sua
beleza.
A
baixa estima causa sentimentos de menos valia, rejeição, tristeza e angústia, e
como é muito ruim lidar com tudo isso, por uma defesa inconsciente, a pessoa se
apega à imagem que ela gostaria de ser - alguém melhor, mais sábio e mais
inteligente. A arrogância afasta as pessoas, mas para quem tem baixa estima,
esse distanciamento é considerado positivo porque traz a ilusão de que, à
distância, as pessoas não verão o que ela tanto esconde: ela mesma.
O
medo explica a forma rude que, muitas vezes, o arrogante trata as pessoas. O
arrogante só está tentando se defender das próprias fantasias inconscientes e,
em muitos casos, a melhor defesa é o ataque. Ao atacar ele só quer se
certificar de que as pessoas realmente se manterão à distância, evitando assim
o "desmascaramento".
Não
é à toa que a arrogância, vem acompanhada da prepotência, porque o inseguro
precisa muito se proteger. Aliás, ele passa a maior parte do tempo pensando em
como proteger a imagem criada, a manter as pessoas à distância de forma a não
ser desmascarado, e confirmar seu poder impondo que as pessoas façam as suas
vontades. O poder, nesses casos, é um grande aliado. E, num momento de defesa,
"por que não usar o poder?" – pergunta-se o arrogante temeroso.
A
dificuldade de lidar com o arrogante ocorre porque ele atinge o nosso próprio
orgulho. Sim, só se sente ofendido quem também é orgulhoso, e o orgulhoso é
mais propenso ao sentimento de orgulho ferido, é mais melindrado, fica mais
chateado, e com mais raiva, do que aquele que possui autoestima equilibrada.
Por
isso, seguem algumas dicas para lidar com pessoas arrogantes no trabalho:
1.
Mostre que você está lá para ajudá-lo e não para competir;
2.
Conquiste a confiança e dê feedbacks sempre que possível: lembre-se que
feedback deve ser dado da seguinte forma:
Coloque
os pontos positivos
Informe,
baseado em fatos observáveis, o comportamento que a pessoa teve e as
consequências do mesmo, por exemplo, "o fato de ter chamado a nossa equipe
de incompetente durante a reunião, gerou insatisfação geral e isso teve um
impacto negativo no nosso rendimento".
3.
Observe a si mesmo e suas reações. Se você se sente ofendido com frequência,
perceba se você também não está sendo vítima de seu próprio orgulho. A pessoa
com autoestima não se ofende com facilidade porque reconhece seu próprio valor
e não toma agressões como sendo pessoais.
Após
saber lidar com o arrogante, vale algumas dicas para não cair na armadilha da
arrogância:
1.
Desenvolva a autoconsciência: quanto mais a pessoa se conhece melhor é o ajuste
entre a "imagem que gostaria de ser" e "o que você realmente
é".
2.
Desenvolva a autoconfiança: a confiança em si mesmo é desenvolvida pela
coerência entre o que se pensa e fala sobre si mesmo e o que realmente se faz.
Por exemplo, se ser uma pessoa determinada é algo positivo, você deve conseguir
enxergar no dia a dia comportamentos que mostrem que você realmente é uma
pessoa determinada.
3.
Desenvolva o autorrespeito: conhecer as limitações é importante para saber até
onde você aguenta determinada situação e se resguardar de um desgaste maior.
Também é importante valorizar e respeitar aspectos positivos de si mesmo.
4.
Ame a si mesmo: quem não tem amor por si mesmo, dificilmente terá amor para com
o outro. Quem cobra muito de si, irá cobrar muito do outro. Aprenda a perdoar a
si mesmo, pois assim será mais fácil tolerar e perdoar as dificuldades alheias.
Meiry
Kamia - Palestrante, psicóloga, mestre em Administração de Empresas, consultora
organizacional.
Fonte:
Portal de Administração, Psicóloga Meiry Kamia
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