Refletindo sobre
Flexibilidade e Mudança:
"Tente
mover o mundo – o primeiro passo será mover a si mesmo."
(Platão)
Podemos
pensar em mudanças, basicamente de dois modos. As mudanças pessoais e as
mudanças referentes ao planejamento estratégico de uma empresa.
Se
observarmos atentamente nosso comportamento, veremos que normalmente escolhemos
os mesmos lugares em casa para vermos TV, na sala de um curso, trajetos iguais
para irmos ao trabalho ou locais que sempre visitamos, etc e esses hábitos
acabam por ser incorporados a nós. Isso pode não representar nenhum problema se
essas nossas “mesmices” acabassem por aí. Ocorre que muitas vezes sem perceber,
vamos generalizando essas mesmices, nossos hábitos, e eles acabam se
transformando em rigidez, e nos tornamos irredutíveis diante de possibilidade
de mudanças, ou seja, vamos nos tornando inflexíveis.
A
imutabilidade limita a possibilidade de crescer de acrescentar um pitada de
inovação ao habitual, uma pincelada de cor ao preto e branco da rotina diária.
Com
flexibilidade, nós crescemos e passamos a ter uma visão mais completa dos mesmos
acontecimentos, a compreender também a visão do outro, e lucramos muito ao
constatar que “seu ângulo de visão” pode e deve complementar o meu ângulo, e
vice-versa.
Mudar
não significa necessariamente abandonar o que estava sendo feito e sim
acrescentar algo, substituir algo naquele todo que já estava sendo feito,
inovar, aproveitar novas ideias e complementar as nossas próprias.
Normalmente
observa-se que promovemos mudanças em nós ou no ambiente, desde as mais simples
até as mais complexas,quando algo nos incomoda. Por isso é inútil tentarmos
provocar mudanças no comportamento dos outros.
Em
se tratando de equipes de trabalho, a dificuldade individual de promover
mudanças no comportamento resulta muitas vezes , num fator complicador para o
bom relacionamento entre as pessoas. Por isso a flexibilidade interna deve ser
estimulada e implementada, entendendo cada um, a partir daí, que seu
comportamento deve estar sincronizado com o outro.
As
pessoas carregam, sem dúvida, características de personalidade muito distintas,
mas devem se conscientizar de que mudanças pessoais são necessárias para que
haja o bom funcionamento de um grupo. Mudanças pessoais são possíveis na medida
em que haja o entendimento do conceito de flexibilidade interna e do benefício
desse quesito como um todo.
O
fato de um grupo não caminhar de maneira satisfatória deve ser compreendido
como fator de incômodo pelas pessoas que o compõem, e por isso mesmo significar
a mola propulsora para mudanças de comportamento e posturas.
Quando
a flexibilidade interna das pessoas é estimulada, naturalmente essas
características vão perdendo força e abrindo espaço para um relacionamento mais
harmônico e consequentemente mais produtivo das equipes de trabalho. Isso por
si só é uma grande mudança, cujos maiores beneficiários são os próprios
integrantes do grupo.
Para tornar-se mais adaptável:
- Adquira o hábito de aprender sempre algo novo, lembrando sempre de compartilhar o novo aprendizado sempre que possível
- Reavalie sua função, analise o que tem feito e como dentro de uma equipe de trabalho por exemplo observando se há algo a melhorar.
- Pense além dos limites, e para ajudar deixe essa frase sempre a vista: "A questão não é por que isto não deve ser feito, mas como pode ser feito" Procure soluções não convencionais toda vez que se deparar com um desafio, trabalhe sua criatividade